Central de atendimento: (13) 2104-5000 | Chat

Uma das dúvidas que muito escutamos, é sobre a cura de uma doença que já é considerada a segunda maior causa de cegueira no mundo: o Glaucoma. Então, vamos explicar nesse post um pouco do que é a doença, quais seus tipos, como ela age, quais são seus sintomas, formas de tratamentos, causas, e importância do diagnóstico.

Lembrando a extrema importância da consulta ao seu oftalmologista, só uma pessoa especializada poderá caracterizar um paciente com a doença, além de, caso contrário, prevenir esta silenciosa doença que afeta milhares de brasileiros.

O que é Glaucoma?

O Glaucoma é uma doença ocular, causada principalmente pelo aumento da pressão dentro do olho (chamada de pressão intra-ocular). Essa elevação da pressão, provoca lesões no nervo ótico, e como consequência, o comprometimento da visão – que se não tratado adequadamente, pode levar à cegueira.

Tipos:

Existem uma variedade de tipos, com classificações bem complexas. Mas para simplificar, poderíamos dividir em 3 tipos:

  • Congênito: É quando a criança já nasce com a doença, podendo o pediatra diagnosticá-la através de alterações, como globo ocular aumentado, com uma córnea grande e opacificada. Estas alterações, são decorrentes do aumento de pressão dos olhos, e acontece durante a gestação.
  • Agudo: Um olho normal sofre um grande e repentino aumento da pressão no olho, causando dor tão intensa nos olhos, que em geral provoca crises de vômito.
  • Crônico: O mais frequente e preocupante, e representa cerca de 80% dos casos. Neste, o aumento da pressão é progressivo e a pessoa pode não sentir nenhum sintoma, fazendo a pressão elevada passar despercebida. O único modo de detectar a doença é através da medição da pressão durante um exame ocular.

Como age:

Nossos olhos possuem uma série de estruturas internas, que para permanecerem devidamente posicionadas, necessitam ser mantidas sob uma determinada pressão interna. Quando essa pressão se eleva em excesso, prejudica o fluxo de sangue nos olhos e consequentemente dificulta a nutrição dessas estruturas. Sua relação com o aumento da pressão nos olhos, acontece pois ela dificulta o fluxo do humor aquoso – líquido que circula no interior de nossos olhos – resultando no acúmulo do líquido no olho, e levando ao aumento da pressão.

Sintomas:

No início, o Glaucoma é uma doença sem sintomas (assintomática). A perda visual só ocorre em fases avançadas, comprometendo primeiro a visão periférica. Em seguida, o campo visual, que vai se estreitando progressivamente, até transformar-se em uma visão tubular.

Fazem parte do grupo de risco todas as pessoas com mais de 40 anos, os negros, os míopes, diabéticos, e aquelas com histórico familiar da doença. Dependendo da causa que provocou a pressão mais elevada nos olhos, a doença pode ocorrer em qualquer faixa de idade.

Tratamento:

O glaucoma não tem cura, mas tratamentos evoluem continuamente, permitindo uma vida normal ao paciente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de se evitar a perda total da visão. Um tratamento inadequado, assim como a falta dele, também podem levar à cegueira.

Na grande maioria dos casos, com um tratamento correto, a doença pode ser controlada. Seu principal tratamento é clínico, onde é feito o uso de colírio (o paciente terá de usar o colírio a vida inteira) para controlar a elevada pressão no olho.

Caso a pressão não diminua com o uso de colírio, adere-se à uma terapia a laser (trabeculoplastia). A terceira tentativa é a cirurgia, um procedimento arriscado, que não é recomendado de imediato, e sim apenas quando as outras formas não foram suficientes.

É importante destacar que certos tipos da doença, estão associados a distúrbios, que requerem um tratamento específico.

Recomendações:

A ausência de sintomas, e o alto valor dos medicamentos, levam muitas pessoas a deixar de seguir as recomendações passadas pelo médico. Um descuido que pode ter graves consequências!

Felizmente, alguns laboratórios dispõem de programas sociais de apoio aos glaucomatosos, oferecendo 50% de desconto na compra do medicamento. Com esse desconto, colírios de primeiro linha, que chegam a custar até R$ 150,00 (frasco) para um mês,  tem seus valores reduzidos para cerca de R$ 50,00 a R$ 70,00. Certos municípios, também fornecem gratuitamente o medicamento por meio da Farmácia Popular, além de todos exames e tratamentos clínicos ou cirúrgicos serem oferecidos pelo SUS.

Conheça também a ABRAG – Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Glaucoma, que oferece apoio, educação e informação aos pacientes e à população.

Como podemos ver, o Glaucoma é uma doença traiçoeira, que pode não ter sintoma, e levar a cegueira. Por isso, visite regularmente seu oftalmologista, e caso diagnosticado a doença, tenha atenção e disciplina no tratamento.

Ficou com dúvida sobre algum termo nesse post? Acesse o nosso glossário oftalmológico.