Basta o inverno chegar para aumentar os casos de conjuntivite alérgica. O crescimento chega a 70%. Na maioria das vezes, a alergia é provocada pelos ácaros e fungos presentes nas roupas pesadas de frio, nos ambientes fechados e pela própria rinite alérgica. A consequência é a inflamação da conjuntiva (membrana que recobre o olho e a superfície interna das pálpebras). Os sintomas são olhos vermelhos, inchaço de início súbito e coceira. “A diferença é que este tipo não é contagioso, ou seja, não há risco de surto”, atesta o professor doutor em Oftalmologia pela Unifesp Marcello Colombo Barboza, diretor do Hospital Visão Laser e titular da cadeira de Oftalmologia na Faculdade de Medicina do Unilus.
Na conjuntivite alérgica, os alérgenos podem ser identificados e, então, evitados. Uma medida simples e eficaz é tirar do armário os casacos e lavá-los para retirar os ácaros. Como existe mais de um tipo de conjuntivite, como as causadas por bactérias ou vírus, a recomendação é procurar um médico assim que surgirem os sintomas, que ainda incluem sensibilidade à luz, sensação de areia nos olhos e secreção. “A automedicação nunca é recomendada. As pessoas se esquecem de que colírio também é remédio”.
Publicado em AT Revista